Medidas do Governo Federal garantiram maior acessibilidade para deficientes visuais.
Nos supermercados, diversos produtos estão identificados em Braille. Nas farmácias, remédios também estão identificados.
Agora, você já pode solicitar: sua conta de telefone, sua prova de concurso, seu cartão de crédito, o elevador marcado, o sinal sonoro com marcação, o extrato bancário e livros didáticos em Braille.
Podemos dizer que muita coisa melhorou para nós, pessoa com deficiência visual.
Está tudo bem, mas precisamos denunciar a má qualidade dessas adaptações e do uso do Sistema Braille.
Nos supermercados, alguns produtos são escritos sem a letra inicial maiúscula, sem acentuação gráfica, sem sinal de número nas marcações de peso, data de validade e numeração de telefone. Esses mesmos erros acontecem com os remédios e com as contas telefônicas.
Em diversas ocasiões, encontramos nos sinais sonoros, elevadores e placas de identificação, os dizeres afixados de cabeça para baixo, faltando letras e quando não, se referindo a outra coisa diferente daquilo que deveria.
No caso dos livros didáticos, o problema é agravado. Muitas vezes a Grafia Braille para a Língua Portuguesa e as Normas Técnicas para a Produção de Textos em Braille não são respeitadas. Estamos sendo atendidos por um Braille de péssima qualidade.
Você talvez não saiba os motivos, mas nós vamos dizê-los:
O Governo não possui um órgão fiscalizador;
as gráficas que produzem esses materiais não possuem revisores de textos em Braille.
a Comissão Brasileira do Braille mantém-se omissa quanto às irregularidades;
As pessoas cegas não exigem seus direitos;
temos vergonha de lermos o Braille em público e quando percebemos o erro, ficamos calados.
Se mudarmos de postura, além de abrirmos mais chances de emprego para profissionais cegos, seremos mais respeitados. Pense nisso.
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